domingo, 23 de setembro de 2012

super smash bros brawl

 SUPER SMASH BROS BRAWL

basicamente, Brawl é Melee 2.0. O sistema de jogo continua igual (por isso, não vamos analisar novamente o sistema de luta da série Smash Bros.; se você estiver interessado, pode ler o review de SSBM onde analisamos o sistema com detalhe) e os modos de jogo continuam os mesmos.
Então por que comprar o Brawl se você já tem o Melee? Por um motivo óbvio: todas as opções que o Melee tem, o Brawl tem melhoradas – e mais algumas.
Temos mais lutadores – com a aparição estelar dos primeiros Smashers que não são da Nintendo. Se você não morou em Marte nos últimos meses, já deve saber que estamos falando de Snake e Sonic. O porco-espinho azul aparece na que provavelmente é sua melhor versão em anos: descarado e confiante, fazendo jus ao seu título de “criatura mais rápida da Terra” com sua velocidade insana. Já Snake traz um estilo novo de luta a Brawl, com um maior uso de estratégia.

Além deles, temos vários personagens prata-da-casa fazendo suas primeiras aparições: Lucario (substituindo Mewtwo como o Pokemon psíquico e misterioso), Olimar, Wario, Pit (da série Ice Climbers), Toon Link (o Link de Wind Waker, com olhos de gato e tudo – mas sem cel-shading – substituindo o Young Link de Melee), Zero Suit Samus (na verdade, Samus sem sua armadura), Pokemon Trainer (um treinador Pokemon que controla três Pokemons diferentes), Meta Knight, King Dedede, Ike, Wolf… No total, temos 35 personagens (14 deles bloqueados no começo), em comparação com os 25 de Melee.

O sistema de luta, apesar de continuar o mesmo, teve seu equilíbrio ligeiramente modificado com o maior número de itens, um grande número de estágios com elementos que podem afetar o curso da luta (apesar do favorito dos torneios, Final Destination, continuar tão chato quanto antes) e, especialmente, com o acréscimo do Final Smash.

O Final Smash é uma bola flutuante que aparece no transcurso de uma luta. Ao ser suficientemente danificada, o personagem que deu o último golpe nela pode dar um golpe ultra-poderoso, com capacidade de modificar completamente o transcurso de uma luta. Plasticamente, os Final Smashes são tremendos, com especial destaque para o Triforce Slash dos Links, o Zero Laser de Samus, o Landmaster dos personagens de Starfox e o Great Aether de Ike. No entanto, alguns deles são apenas isso, bonitos, tendo um efeito pouco prático numa luta (e, no caso de Samus, fazendo com que ela reverta à sua forma alternativa  – ou seja, perdendo ou ganhando a armadura de acordo com seu estado ao usar o FS). Isso acaba desequilibrando um pouco as lutas.

Os modos básicos de jogo continuam os mesmos (apesar do Home-Run e do All-Star terem sido ligeiramente modificados), mas o modo Adventure foi bastante mudado. Agora, em vez de uma sucessão de fases sem muito critério, temos um modo história chamado The Subspace Emissary, com uma sucessão de fases com algum critério (mas não muito) entremeadas por alguns vídeos muito bonitos e realmente impressionantes. Se fosse um jogo independente, não ganharia uma nota maior do que 7 (e isso sendo bonzinho), mas dentro do Brawl é bastante digno.
O jogo ganhou também um modo online, onde é possível lutar em brawls “free-for-all”, em equipes de dois e também em Home-Runs. No entanto, esse online está lastrado pela filosofia da Nintendo de proibir o chat de voz e de obrigar a troca de Friend Codes para o jogo entre amigos (existe a opção de jogar com qualquer adversário, mas apenas para brawls todos contra todos, e você não tem como saber os Friend Codes das outras pessoas para registrá-las depois). Ainda que existam outras opções bem interessantes (como o modo espectador, onde você pode ver lutas de outras pessoas e apostar moedas no ganhador, e a capacidade de receber estágios, vídeos e fotos feitos por outros usuários ao se conectar na Nintendo WFC), esse lastre faz o título perder um pouco da força que poderia ter se a Nintendo usasse um sistema de jogo online similar ao da concorrência.

Agora, para o ponto onde o título brilha com mais força (e isso é dizer muito, porque o gameplay é tão sólido quanto sempre foi na série Smash Bros.), que é a parte de “historiografia”, por dizer de alguma maneira. Por todos os lados que você olhe, o título contém algo que reflete a história da Nintendo; seja em seus personagens (incluindo alguns tão obscuros quanto Pit, Ice Climbers, Mr. Game & Watch e mesmo R.O.B., o robô-acessório do NES), nos estágios (existe um estágio secreto que é uma recriação pixel a pixel da fase 75m do Donkey Kong original, com gorila pixelado incluído!), nas músicas (mais de 100 músicas dos jogos onde aparecem os personagens ou de outros jogos Nintendo, algumas vezes em versões 100% originais, como a Green Hill Zone de Sonic), nas demos (o jogo tem demos de vários jogos históricos da Nintendo), nos colecionáveis (entre troféus e adesivos, o jogo tem quase mil desses itens, cada um deles com uma imagem relacionada ao jogo, aos seus personagens e a outros jogos da Nintendo) e mesmo nos pequenos detalhes (ao pegar o martelo durante o jogo, Pit tem uma animação de dois frames, diferente da dos demais, simulando a animação que ele tinha quando pegava esse item em Kid Icarus), se nota o nível de detalhe e o carinho com que Sakurada e sua equipe trataram o seu material base. Para qualquer fã ficar de boca aberta, sem dúvida.
Infelizmente, o mesmo problema do jogo anterior se mantém: uma grandíssima parte desse fantástico conteúdo está bloqueado no começo, obrigando o jogador a passar por objetivos muitas vezes enfadonhos para conseguir tudo. Algo que, sem dúvida, aumenta a vida útil do jogo, mas que cria uma motivação discutível.
No entanto, sem sombra de dúvida, Brawl é uma evolução em relação a Melee. Não chega a ser uma inovação, porque o jogo em si basicamente se manteve igual, mas o maior número de opções (bem como a melhora nos gráficos, importante dizer) e o acréscimo do modo online (ainda que ligeiramente capado) fazem com que o jogo tenha um replay infinito. Indiscutivelmente, um must-have do Wii. Mesmo que você não seja um fã de fighting games, se você for um fã da Nintendo (ou da história dos videogames) esse jogo é essencial.

VLW GENTE. FIM DA POSTAGEM.
ATÉ A PRÓXIMA!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário