SUPER SMASH BROS BRAWL
basicamente, Brawl é Melee 2.0. O sistema de jogo continua igual (por
isso, não vamos analisar novamente o sistema de luta da série Smash
Bros.; se você estiver interessado, pode ler o review de SSBM onde
analisamos o sistema com detalhe) e os modos de jogo continuam os
mesmos.
Então por que comprar o Brawl se você já tem o Melee? Por um motivo
óbvio: todas as opções que o Melee tem, o Brawl tem melhoradas – e mais
algumas.
Temos mais lutadores – com a aparição estelar dos primeiros Smashers
que não são da Nintendo. Se você não morou em Marte nos últimos meses,
já deve saber que estamos falando de Snake e Sonic. O porco-espinho azul
aparece na que provavelmente é sua melhor versão em anos: descarado e
confiante, fazendo jus ao seu título de “criatura mais rápida da Terra”
com sua velocidade insana. Já Snake traz um estilo novo de luta a Brawl,
com um maior uso de estratégia.
Além deles, temos vários personagens prata-da-casa fazendo suas
primeiras aparições: Lucario (substituindo Mewtwo como o Pokemon
psíquico e misterioso), Olimar, Wario, Pit (da série Ice Climbers), Toon
Link (o Link de Wind Waker, com olhos de gato e tudo – mas sem
cel-shading – substituindo o Young Link de Melee), Zero Suit Samus (na
verdade, Samus sem sua armadura), Pokemon Trainer (um treinador Pokemon
que controla três Pokemons diferentes), Meta Knight, King Dedede, Ike,
Wolf… No total, temos 35 personagens (14 deles bloqueados no começo), em
comparação com os 25 de Melee.
O sistema de luta, apesar de continuar o mesmo, teve seu equilíbrio
ligeiramente modificado com o maior número de itens, um grande número de
estágios com elementos que podem afetar o curso da luta (apesar do
favorito dos torneios, Final Destination, continuar tão chato quanto
antes) e, especialmente, com o acréscimo do Final Smash.
O Final Smash é uma bola flutuante que aparece no transcurso de uma
luta. Ao ser suficientemente danificada, o personagem que deu o último
golpe nela pode dar um golpe ultra-poderoso, com capacidade de modificar
completamente o transcurso de uma luta. Plasticamente, os Final Smashes
são tremendos, com especial destaque para o Triforce Slash dos Links, o
Zero Laser de Samus, o Landmaster dos personagens de Starfox e o Great
Aether de Ike. No entanto, alguns deles são apenas isso, bonitos, tendo
um efeito pouco prático numa luta (e, no caso de Samus, fazendo com que
ela reverta à sua forma alternativa – ou seja, perdendo ou ganhando a
armadura de acordo com seu estado ao usar o FS). Isso acaba
desequilibrando um pouco as lutas.
Os modos básicos de jogo continuam os mesmos (apesar do Home-Run e do
All-Star terem sido ligeiramente modificados), mas o modo Adventure foi
bastante mudado. Agora, em vez de uma sucessão de fases sem muito
critério, temos um modo história chamado The Subspace Emissary, com uma
sucessão de fases com algum critério (mas não muito) entremeadas por
alguns vídeos muito bonitos e realmente impressionantes. Se fosse um
jogo independente, não ganharia uma nota maior do que 7 (e isso sendo
bonzinho), mas dentro do Brawl é bastante digno.
O jogo ganhou também um modo online, onde é possível lutar em brawls
“free-for-all”, em equipes de dois e também em Home-Runs. No entanto,
esse online está lastrado pela filosofia da Nintendo de proibir o chat
de voz e de obrigar a troca de Friend Codes para o jogo entre amigos
(existe a opção de jogar com qualquer adversário, mas apenas para brawls
todos contra todos, e você não tem como saber os Friend Codes das
outras pessoas para registrá-las depois). Ainda que existam outras
opções bem interessantes (como o modo espectador, onde você pode ver
lutas de outras pessoas e apostar moedas no ganhador, e a capacidade de
receber estágios, vídeos e fotos feitos por outros usuários ao se
conectar na Nintendo WFC), esse lastre faz o título perder um pouco da
força que poderia ter se a Nintendo usasse um sistema de jogo online
similar ao da concorrência.
Agora, para o ponto onde o título brilha com mais força (e isso é
dizer muito, porque o gameplay é tão sólido quanto sempre foi na série
Smash Bros.), que é a parte de “historiografia”, por dizer de alguma
maneira. Por todos os lados que você olhe, o título contém algo que
reflete a história da Nintendo; seja em seus personagens (incluindo
alguns tão obscuros quanto Pit, Ice Climbers, Mr. Game & Watch e
mesmo R.O.B., o robô-acessório do NES), nos estágios (existe um estágio
secreto que é uma recriação pixel a pixel da fase 75m do Donkey Kong
original, com gorila pixelado incluído!), nas músicas (mais de 100
músicas dos jogos onde aparecem os personagens ou de outros jogos
Nintendo, algumas vezes em versões 100% originais, como a Green Hill
Zone de Sonic), nas demos (o jogo tem demos de vários jogos históricos
da Nintendo), nos colecionáveis (entre troféus e adesivos, o jogo tem
quase mil desses itens, cada um deles com uma imagem relacionada ao
jogo, aos seus personagens e a outros jogos da Nintendo) e mesmo nos
pequenos detalhes (ao pegar o martelo durante o jogo, Pit tem uma
animação de dois frames, diferente da dos demais, simulando a animação
que ele tinha quando pegava esse item em Kid Icarus), se nota o nível de
detalhe e o carinho com que Sakurada e sua equipe trataram o seu
material base. Para qualquer fã ficar de boca aberta, sem dúvida.
Infelizmente, o mesmo problema do jogo anterior se mantém: uma
grandíssima parte desse fantástico conteúdo está bloqueado no começo,
obrigando o jogador a passar por objetivos muitas vezes enfadonhos para
conseguir tudo. Algo que, sem dúvida, aumenta a vida útil do jogo, mas
que cria uma motivação discutível.
No entanto, sem sombra de dúvida, Brawl é uma evolução em relação a
Melee. Não chega a ser uma inovação, porque o jogo em si basicamente se
manteve igual, mas o maior número de opções (bem como a melhora nos
gráficos, importante dizer) e o acréscimo do modo online (ainda que
ligeiramente capado) fazem com que o jogo tenha um replay infinito.
Indiscutivelmente, um must-have do Wii. Mesmo que você não seja um fã de
fighting games, se você for um fã da Nintendo (ou da história dos
videogames) esse jogo é essencial.
VLW GENTE. FIM DA POSTAGEM.
ATÉ A PRÓXIMA!!!
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